domingo, 19 de dezembro de 2010

O aumento de salário dos parlamentares



Semana passada os nossos queridos parlamentares votaram a favor do aumento do próprio salário, mas o que poucos sabem, é que da maioria que votaram a favor, nem metade subiu ao palanque para defender o porque são a favor de um aumento de R$ 16 mil para R$ 26.7 mil reais e a minoria que subiu, defenderam com argumentos no qual vou postar aqui e acredito que vai revoltar todas as pessoas que lerem quanto eu fiquei revoltado ao ler esses depoimentos de nossos queridos políticos. Os trechos dessas declarações foi tirado do site Congresso em Foco.

“Se fôssemos fazer a devida correção, o valor seria quase o dobro do que a Mesa está propondo, pois teríamos de voltar lá atrás, antes de 1988, talvez a 1986, para fazer a correção. Quando entrei nesta Casa, em 1990, o salário do Parlamentar era de aproximadamente 20 mil dólares, o que equivaleria hoje a uns 38 mil reais, quase 40 mil. Não podemos fazer essa correção simples, porque extrapolaríamos o teto pago ao funcionalismo público. Temos de nos ater ao teto de hoje, não há outra forma de trabalhar”. Declaração de Nelson Marquezelli, quarto secretário da Câmara e um dos líderes desse projeto de aumento de salário exacerbado.

“De fato, um policial rodoviário ganhar 9 mil e um ministro 8 mil é um crime”. “Quanto ganha um diretor da Nestlé? Quanto ganha um diretor da Globo? Quanto ganha um diretor dos jornais de grande circulação do país? O que se passa nesta Casa? “Minha sugestão é a seguinte: quem não aprovar a proposição faça uma doação para a Apae [Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais], pegue todo mês um recibo e o apresente à Casa.”Temos de ter independência financeira”. Argumento usado por Adelado Camarinha, ex-prefeito de Marília (SP).

“Parlamentares: eu fico em média, senhor presidente, 200 horas por ano dentro de um avião, mais ou menos isso; eu fico mais ou menos outras 300 horas por ano nos aeroportos; e no deslocamento entre a minha casa e o aeroporto eu levo mais ou menos duas horas, para ir e para vir; então, eu fico ao redor de 900 horas por ano nisso, o que daria, no que seria uma jornada de 44 horas, ao redor de cinco meses de trabalho sem produzir absolutamente nada”, contou. 

“Ora, abandonei os meus negócios, abandonei a minha família, para me dedicar a uma causa que há 30 anos tenho, como deputado, como vereador, como prefeito; então, àqueles que votam contra, que votarão contra, aqui, eu faço um apelo: que abram mão do aumento, porque é muito bonito vir aqui a esta Casa, fazer um discurso contrário, fazer demagogia e depois colocar o dinheiro no bolso. É o que tem acontecido aqui”, discursou. “Eu, presidente, voto sim porque eu acho que os deputados têm de ganhar bem, porque senão, logo ali na frente, não vai haver ninguém qualificado aqui nesta Casa”. Declaração do deputado gaúcho Sergio Moraes.

“Acho isso uma hipocrisia. O parlamentar merece receber o que é justo”. Deputado Moreira Mendes, que declarou que interrompeu sua licença médica só para votar a favor de seu próprio aumento de salário.

PELO MENOS ALGUÉM CONTRA O AUMENTO

“De toda forma, quando se fala que se está votando com total transparência, de fato, isso é real: três horas da tarde é melhor do que três horas da madrugada!”, ironizou Chico Alencar. O deputado do Psol disse que o aumento “aprofunda o abismo e o fosso entre o Parlamento e a sociedade”. “É, de certa maneira, advocacia em causa própria”, criticou. “É bom lembrar que, durante a campanha eleitoral recente, milhares de candidatos e partidos jamais apresentaram essa pretensão que, pelo efeito cascata e pela amplitude, afeta as contas públicas e diz respeito àqueles que representamos”. Chico Alencar, deputado do PSOL, votando contra o aumento.

“Tirem os seus bótons, porque vão sofrer agressões, críticas e reações da população, que não aceita essa arbitrariedade, esse desrespeito e essa desconsideração com o interesse público”, declarou. “O meu voto é não; o meu voto é de denúncia contra o desrespeito ao interesse público que esta medida representa, em especial por ser apreciada num final de Legislatura, sem transparência, sem uma lógica que justifique este reajuste tão diferenciado, concedido em favor de quem decide a respeito da questão”. Declaração da deputada Luiza Erundina, contra o aumento de salário dos parlamentares.





Autor: Iratan S. Moura

23 Anos, estudante de Publicidade e Propaganda na Universidade São Judas Tadeu em São Paulo.

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3 comentários:

  1. Fala sério, e o pior é q esse dinheiro todo sai do nosso bolso!!!!

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  2. Absurdooooooooooooo!!!!

    Tô indignada!

    @bruorosco

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  3. Pois é.. e assistimos tudo de boca fechada... Se é uma comédia, os únicos que estão rindo são os atores...

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