Nanete Konig
Holandesa, também sofreu muito com o nazismo na seu país. Foi para vários campos de concentração e após a queda de Hitler veio para o Brasil.
“Tinha 15 anos quando a invasão começou, fui para campos de concentração. Vi a morte várias vezes. Depois de algum tempo, nós perdemos a noção de tudo por causa da fome e fraqueza física que atinge a nossa mente. Uma vez um soldado apontou a arma na minha testa, não sei o que aconteceu, não tive nenhuma reação. Acredito que por isso ele atirou para cima e não me matou naquela hora. Éramos obrigado a usar uma identificação no braço com o símbolo da estrela de Davi para que todos ficassem sabendo que nós éramos judeus, muitas vezes eles pregavam no corpo dos judeus aquelas etiquetas com o símbolo para que as pessoas não pudessem tirá-la do corpo.”
“Eu era uma menina forte, bonita. Fiquei magra, feia, não tinha carne no corpo, pois não comia. Me alimentava de folhas para sobreviver. Em uma das prisões encontrei Anne Frank, minha amiga de escola. Ela estava pior do que eu, enrolada em um cobertor, fedendo e cheia de piolhos. Aquela foi a última vez que a vi”
Para quem não conhece, Anne Frank era uma garota alemã que, durante a 2º Guerra Mundial, ficou escondida por dois anos com a família no sótão da empresa do seu pai, para não serem pegos pelos alemães. Durante esse tempo ela escreveu vários diários, contando tudo sobre sua família, seus sonhos e sobre aquele terrível momento em que seu povo estava passando. Todos foram encontrados pelos soldados alemães e Anne foi a única que, depois do Nazismo, desapareceu e nunca mais foi encontrada pela família. Só foi encontrado seu diário que foi autorizado pelo pai a ser divulgado e depois virou livro. Para mais informações sobre Anne Frank, acesse o site http://www.annefrank.org/ .
Autor: Iratan S. Moura
23 Anos, estudante de Publicidade e Propaganda na Universidade São Judas Tadeu em São Paulo.
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